Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Implementação da directiva relativa ao reconhecimento das qualificações profissionais

O relatório tem algumas contradições, embora haja uma linha positiva. Mas, tal como o debate demonstrou, esta questão é mais complexa do que à primeira vista parece, o que se agrava com o desemprego crescente nalguns Estados-membros, pressionando as pessoas, designadamente os jovens, a procurar trabalho onde exista.

Naturalmente que é importante que quem pretende ir trabalhar num país diferente do seu pretende que as suas qualificações profissionais sejam reconhecidas. Mas há questões que é precisos ter em conta, seja relativamente a profissões na área da saúde, seja da componente histórica e cultural do país em causa, seja na área da própria língua. É, pois, necessário que o reconhecimento das qualificações dos profissionais não ponha em causa os direitos dos consumidores e dos utentes dos serviços.
Mas, sobretudo, é necessário incentivar e apoiar a criação de empregos com direitos em todos os Estados-membros para que as pessoas possam, de facto, trabalhar onde querem, e não sejam obrigadas a deixar o seu país apenas porque não têm trabalho.

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