Intervenção de

Igualdade entre homens e mulheres na UE 2009

 

 

Como a realidade demonstra e o próprio Eurostat confirma, a crise económica e social está a afectar gravemente as mulheres. É o desemprego que não pára de aumentar. É o trabalho precário e mal pago, com as desigualdades salariais entre homens e mulheres a crescerem novamente e a ultrapassarem, em média, os 17% a nível da União Europeia. É a pobreza, resultante quer dos baixos salários e rendimentos, incluindo reformas e pensões de mulheres idosas, quer da dificuldade de acesso a serviços públicos de qualidade a baixo custo ou gratuitos. São as situações de tráfico e prostituição de mulheres e raparigas, a violência no trabalho e em casa, as múltiplas discriminações de mulheres em situações mais frágeis.

Por isso, como se salienta no relatório, é preciso dar particular atenção à situação económica e social das mulheres na elaboração das políticas comunitárias, impondo-se um estudo de impacto social das novas estratégias comunitárias para evitar que se continuem a agravar as discriminações e desigualdades e para assegurar a igualdade no progresso social e não no retrocesso de direitos económicos, sociais e laborais, para proteger a função social da maternidade e paternidade.

É urgente apostar numa verdadeira estratégia de desenvolvimento e progresso social que dê prioridade ao emprego com direitos, à produção, a serviços públicos de qualidade e à inclusão social.

É tempo de dar passos significativos na melhoria da vida da maioria das mulheres, incluindo na área da saúde sexual e reprodutiva e acabar com as hipocrisias que ainda persistem relativamente à questão do aborto.

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