O Hospital de Torres Novas tem vindo a passar, desde há vários anos, por um processo contínuo de esvaziamento.
Primeiro foi a desqualificação das urgências, que obriga a população a recorrer a outro hospital, depois foi a saída de serviços e valências, como os internamentos em cirurgia geral; medicina interna; gastroenterologia e outros cuidados/especialidades: urgência médico-cirúrgica; cirurgia de ambulatório; anestesiologia; bloco operatório; esterilização; patologia clínica; medicina física e de reabilitação. Mais recentemente, o esvaziamento prosseguiu com a saída do aprovisionamento e da farmácia.
Corre a informação de que o arquivo “morto” também sairá muito em breve para o Hospital de Tomar, o que significa que a Administração deverá mudar de localização, sendo certo que existem movimentações para que a pediatria saia também para outro hospital.
Circulam também notícias de que o Hospital de Torres Novas pode encerrar, ser alienado ou privatizado, no início de dezembro próximo.
O contínuo processo de esvaziamento do Hospital de Torres Novas, cujas fases começaram sempre por rumores que se vieram o confirmar, faz recear que as notícias que agora circulam também se confirmem, o que está a causar grande inquietação entre as populações, já que essa unidade hospitalar tem uma enorme importância para a população de Torres Novas, em primeiro lugar para a garantia do seu direito a cuidados de saúde, mas também pelo que representa ao nível do emprego e da economia local.
Nestes termos, ao abrigo da alínea d) do artigo 156.º da Constituição e da alínea d) do artigo 4.º.
do Regimento da Assembleia da República, pergunto ao Governo, através do Ministério da Saúde:
1.º Se confirma ou desmente as notícias que dão conta da transferência a breve prazo do arquivo morto do Hospital de Torres Novas para Tomar e da transferência do serviço de pediatria para outro Hospital.
2.º Se confirma ou desmente as notícias que dão conta do encerramento, alienação do privatização do Hospital de Torres Novas no próximo mês de dezembro.