Declaração de Paulo Raimundo, Secretário-Geral, Manifestação «Casa Para Viver»

A habitação é um direito que não podemos prescindir

Há milhares de pessoas hoje em situação de profunda privação pessoal e já não aguentam mais.

Não aguentam mais as rendas, não aguenta mais o brutal aumento das prestações e portanto isto é um problema que é preciso enfrentar de frente, com medidas concretas.

Estão aqui milhares e milhares de pessoas, aliás com aquilo que conhecemos também, com expressões muito diferentes, por esse país fora, pessoas que justamente estão aqui a reivindicar o direito à habitação.

É um direito que não podemos prescindir.

Nenhum de nós pode prescindir e é isso que as pessoas estão aqui fazer.

E diria assim, a exigir o direito, mas também a denunciar o escândalo que é, enquanto nós estamos todos a passar apertadíssimos, a banca consegue acumular 11 milhões de euros de lucros por dia, que nem vale a pena fazer mais comentários.

Nós tivemos aqui também neste sítio em Abril e foi essa convocação dessa acção que avançou com uma grande participação, como está a acontecer hoje, que obrigou o Governo a tomar medidas, limitadas e insuficientes mas obrigou o Governo a tomar medidas.

E também foi no seguimento do anúncio desta manifestação que o Governo também veio tomar, na semana passada, mais um conjunto de medidas, também elas insuficientes, passam completamente ao lado do alvo, tardias, mas foi obrigado a tomar, e portanto esta é uma boa expressão disso.

Isto é válido na habitação e é válido nos salários.

Nós ouvimos o Governo há um ano que dizia que era impossível aumentar salários porque isso criava uma bolha, uma espiral infliccionista...

E depois foi obrigado a assumir aumentos de salários e de pensões, lá está, insuficientes, mas foi a luta que levou a isso.

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