Os trabalhadores da logística da rede de supermercados LIDL, em Portugal, realizaram recentemente uma greve exigindo aumento dos salários em um euro por dia.
A greve foi convocada para os entrepostos logísticos do Lidl e destinou-se a exigir uma actualização salarial que não ocorre há quatro anos, bem como a passagem aos quadros de todos os trabalhadores de empresas de trabalho temporário que prestam serviço em postos de trabalho permanentes.
Recentemente, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) anunciou que apresentou uma queixa sobre o LIDL à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), por contratação de trabalhadores temporários para substituir ilegalmente quem fez greve. Dois inspectores da ACT estiveram no armazém da Marateca, tendo o director-geral da empresa negado ao piquete de greve o acesso às instalações.
Perguntamos à Comissão Europeia:
1. Dispõe de informações sobre violações da legislação laboral e dos direitos dos trabalhadores por parte desta multinacional noutros países da UE?
2. Em caso afirmativo, que medidas podem ser tomadas para evitar este tipo de comportamento por parte de multinacionais como o LIDL?
3. Que medidas podem ser tomadas para impedir que ocorram situações como a descrita, em que empresas com lucros não aumentam os salários dos seus trabalhadores durante anos consecutivos?