Intervenção de Paula Santos na Assembleia de República, Reunião Plenária

O Governo insiste em avançar com o processo criminoso de privatização da TAP

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Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro,

Não têm faltado escândalos e episódios lamentáveis, que o País tem assistido nos últimos tempos, mas o escândalo de que não se tem falado é o escândalo do processo de privatização da TAP em curso. Um crime económico! É sobre este escândalo que iremos falar!

Perante tudo o que já se sabe da ruinosa gestão privada da TAP, o Governo insiste em avançar com o processo criminoso de privatização da TAP ou vai emendar a mão e assegurar a gestão pública da TAP de acordo com os interesses do País?

Sabe-se que David Neelmam comprou a TAP com dinheiro da TAP, que enquanto pôde utilizou a companhia a seu bel-prazer e depois quando começaram a surgir dificuldades na sequência da epidemia, pôs-se a andar antes que fosse tarde demais. É a demonstração de que a gestão privada não serve os interesses nacionais.

A TAP é estratégica para a economia, para o desenvolvimento do País, para a coesão territorial, para a ligação com as ilhas e entre ilhas, para a ligação com as comunidades, para a ligação com os países de língua portuguesa, para a ligação intercontinental. Acha mesmo que estes aspetos que são fundamentais e assegurados pela TAP porque é pública, estarão presentes com um qualquer grupo privado multinacional? Acha mesmo que para um grupo privado da aviação a ligação entre o continente e as ilhas ou entre ilhas será assegurado se não der lucro, ou ligação às comunidades será garantida se não for lucrativo?

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