Obviamente, não está em causa o nosso apoio à necessária participação das autoridades regionais e locais ou outras autoridades públicas, de organizações sociais e económicas e das populações na definição dos objectivos, programas, concretização e controlo da utilização dos fundos estruturais comunitários, ao nível de cada Estado-Membro, questão que temos colocado desde sempre.
No entanto, não podemos admitir que a coberto desta legítima aspiração se pretendam atingir outros objectivos, por exemplo a fusão na "futura política de coesão após 2013" dos diferentes fundos comunitários (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, Fundo Social Europeu, Fundo de Coesão e Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural). Trata-se de uma proposta que poderá colocar em causa o que devia ser o objectivo central do orçamento comunitário, isto é, a sua função redistributivo entre os países denominados da "coesão" e os países denominados de "ricos", nomeadamente pela supressão de fundos que apenas são destinados aos primeiros (para além da colocação em causa do financiamento comunitário de "políticas comuns", como a agricultura e as pescas).
Não podemos ainda concordar com a promoção que faz das denominadas "parcerias público-privadas", instrumento utilizado para a privatização de serviços públicos essenciais e estratégicos para as populações e o desenvolvimento socio-económico de cada Estado-Membro.