A crise económica e financeira que o Mundo atravessa é uma crise profunda do capitalismo, que demonstra claramente as contradições de um sistema que sacrifica os recursos naturais e a força do trabalho humano à crescente acumulação do lucro e da riqueza produzida.
Na União Europeia, as injustiças sociais e a desigualdade na redistribuição da riqueza são causa e consequência de anos de políticas neoliberais, federalistas e com vincadíssima matriz de classe, sempre do lado dos que mais têm e mais podem, contra os que dependem do seu trabalho para viver.
Este relatório nunca põe isto em causa, apontando como solução "ferramentas" que não só abram caminho a menos soberania nacional, como legitimam a aprofundam também as mesmas velhas medidas que nos trouxeram a esta situação, nomeadamente o fim do princípio da unanimidade, o reforço dos organismos com posições neoliberais como o FMI e a OMC e um acordo com UE/EUA com vista à recapitalização da Banca.
A crise só pode ser resolvida com uma ruptura com o actual sistema, com políticas que respeitem a democracia, aprofundem os direitos sociais e laborais e incentivem à cooperação baseada no progresso social.