Lamentamos profundamente a rejeição, em sessão plenária do
Parlamento Europeu (PE), das alterações propostas pelos deputados do
PCP ao PE, que incluíam medidas importantíssimas para a defesa do
sector têxtil e do vestuário, entre as quais: o accionamento imediato
da cláusula de salvaguarda e a existência de uma iniciativa comunitária
para o sector.
Uma das propostas rejeitada, constatava que a
abolição de quotas no sector dos têxteis e do vestuário poderia ter
consequências nefastas nas regiões mais desfavorecidas, situação que
justificaria uma resposta adequada. Assim, defendia a necessidade de
accionar, quanto antes, as cláusulas de salvaguarda previstas nos
acordos comerciais e continuar a acompanhar de forma permanente a
evolução nesta matéria, de forma a assegurar o presente e o futuro do
sector na UE. Afirmava também que deveria ser accionado desde já o
"procedimento de urgência" com a inclusão de todas as categorias
afectadas, nomeadamente as indicadas pelos Estados-Membros.
Os
deputados do PCP ao PE propunham, também, um programa comunitário - com
adequados meios de apoio - para o sector dos têxteis e do vestuário,
particularmente para as regiões menos favorecidas dependentes do
sector, incluindo as regiões que serão afectadas pelo efeito
estatístico, destinado a auxiliar a investigação, a inovação, a
formação profissional e as PME, assim como de um programa comunitário
que incentivasse a criação de marcas e a promoção externa dos produtos
do sector.
Está em causa o futuro de muitas empresas e de muitas famílias.