Pergunta ao Governo N.º 2609/XII/2

Funcionamento da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Tadim

Funcionamento da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Tadim

O Grupo Parlamentar do PCP teve conhecimento, através de uma notícia publicada num jornal regional, que os utentes da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Tadim – Extensão do Centro de Saúde de Braga- Unidade de Maximinos- têm há vários meses dificuldades na marcação de consultas médicas.
Segundo a notícia, para fazer uma marcação de consultas os utentes têm que ultrapassar uma série de obstáculos, em concreto é dito que “para se poder consultar o médico de família é necessária uma espera interminável […]”, acrescentando ainda que para aceder a uma consulta, os utentes têm que ir “de madrugada” para conseguir uma vaga para o próprio dia. Apesar das dificuldades de marcação presencial de consultas, esta é, tal como está nomeado, a única forma de agendamento das mesmas, uma vez que é dito que “a marcação via telefone ou internet é totalmente impossível”.
De acordo com o que está publicado, esta realidade “já se arrasta há muito tempo, mas ter-se-á agravado com a saída de um clínico, há alguns meses.”
Por último, é, ainda, relatado que na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Tadim “há certos procedimentos que não são possíveis, como o pedido de exames complementares.”
A realidade que agora descrevemos é inaceitável. Para o PCP, esta situação é filha do pacto de agressão assinado pelo PS, PSD e CDS e das políticas que o sustentam, políticas aplicadas pelo Governo PSD/ CDS e que visam desmantelar o Serviço Nacional de Saúde.
Ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, solicito ao Governo que por intermédio do Ministério da Saúde, me sejam prestados os seguintes esclarecimentos:
1. Qual a avaliação que o Governo faz da situação que acima se descreve?
2.O Governo confirma que o sistema de marcação de consultas por via telefone e, ou internet na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Tadim está sistematicamente bloqueado impedindo que os utentes as utilizem para proceder à marcação de consultas?
3.Quantos utentes da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Tadim estão sem médico de Família?
4.Para quando a substituição do médico que saiu daquela unidade de saúde em finais do ano de 2012, substituição realizada por médico com vínculo público e não por médicos em regime de prestação de serviços?
5.O Governo confirma que os utentes estão impedidos de solicitar exames complementares de diagnóstico naquela unidade de saúde?

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