Notícias recentes dão conta de que a CP, alegando o elevado custo do transporte rodoviário alternativo criado aquando do encerramento definitivo ou temporário de vias férreas manifestou e comunicou a tutela a sua intenção de abandonar esses serviços, nomeadamente nos troços que restam das linhas do Corgo e do Tâmega, no ramal da Lousã e nos troços Guarda-Covilhã e Figueira da Foz-Pampilhosa.
Tais intenções, se vierem a concretizar-se, corresponderiam ao total desrespeito pelos utentes dessas linhas e pelos compromissos publicamente assumidos pelo Estado português e pela CP.
Sabe-se que, infelizmente, no passado a CP, com o apoio político de vários governos, já tinha assumido procedimentos semelhantes, designadamente aquando do encerramento de linhas e troços no Sabor, Tua, Corgo, Tâmega e no Alentejo (nos troços da malha ferroviária em torno de Évora). Mas as anteriores e erradas decisões não podem ser argumento para novos atentados aos direitos das populações e agravamento dos já sérios problemas regionais de mobilidade.
Ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicitamos ao Governo que, por intermédio do Ministro da Economia e do Emprego nos sejam prestados os seguintes esclarecimentos:
1. Vai o Governo impedir o fim dos transportes rodoviários alternativos?
2. Quando vão retomar-se os trabalhos de requalificação de troços da linha do Corgo e da linha do Tâmega, no ramal da Lousã e nos troços Guarda-Covilhã e Figueira da Foz-Pampilhosa? Qual a previsão para a conclusão de cada uma dessas obras?
Pergunta ao Governo N.º 623/XII/1
Fim de transporte rodoviário alternativo em linhas férreas encerradas definitiva ou temporariamente pela CP
