O Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar de Moçambique alertou esta terça-feira para a propagação da febre aftosa no país, para a qual contribuem a movimentação ilegal e a não notificação atempada às autoridades veterinárias. Até finais de julho, a doença estava presente em alguns distritos de Nampula, Tete, Gaza e Maputo. Agora foi notificada nos distritos de Panda em Inhambane, Guro e Sussundenga em Manica.
Há também registo da doença nos países vizinhos como Maláui, Zâmbia, Botsuana e Zimbabué. O Governo moçambicano, em coordenação com as autoridades destes países, quer criar “um cordão de protecção” nas fronteiras e já anunciou uma campanha de vacinação de gado nas áreas onde a doença foi detectada, um processo que devia abranger 391.500 bovinos em sete províncias do país. A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa para os ruminantes e suínos provocando prejuízos económicos severos. Foi erradicada na Europa onde a vacina foi abandonada desde 1992.
Pergunto à Comissão Europeia como avalia a situação e que medidas preventivas estão a ser tomadas para evitar um eventual contagio a partir daqueles países africanos.