Segundo revelou, o diário Financial Times (FT), o banco alemão Deutsche Bank teve um tratamento especial por parte do BCE nos resultados dos testes de stress onde foi incluída a venda da participação que a instituição alemã detém na entidade chinesa Hua Xia, apesar de a operação não ter sido efectuada até final de 2015, data limite para ser incluída nos testes. Com esta antecipação, o rácio CET1 passou de 7.4 para 7.8%.
O diário observa que nenhum dos outros bancos avaliados nos exames beneficiou de semelhante tratamento, apesar de muitos deles também disporem de transacções acordadas mas não fechadas em 2015. O FT dá como exemplo do banco catalão Caixabank, que fechou em Março uma venda de activos estrangeiros à sua holding industrial Criteria, por 2,65 mil milhões de euros, num acordo estabelecido ainda durante o ano passado, porém o BCE não autorizou que o impacto dessa venda figurasse nos resultados das provas de resistência.
Pergunto ao presidente do BCE quais as razões para tal tratamento de excepção dado ao Deutsche Bank. Pergunto igualmente se confirma ou não a existência de um plano de ajuda do BCE a esta instituição, cujas dificuldades são hoje do domínio público.