Pergunta ao Governo N.º 3240/XII/1

Falta de recursos humanos no Hospital Distrital de Aveiro

Falta de recursos humanos no Hospital Distrital de Aveiro

A situação do serviço de urgência do Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, tem sido infelizmente presença habitual nas notícias pelas piores razões. Os espaços são exíguo e as condições péssimas não havendo sequer macas em número suficiente para servir os doentes que ali
afluem dos mais diversos pontos da região.
Das informações recolhidas no terreno, o actual número de médicos não cobre nem pouco mais ou menos as 24 horas de urgência que um Hospital desta envergadura deveria garantir. Assim, durante largos períodos do dia e sobretudo durante a noite, o Hospital e respectivo serviço de urgência fica sem serviço de urologia, otorrinolaringologia, oftalmologia e psiquiatria, com a agravante de, neste último caso, o Hospital servir de apoio a praticamente todo o Distrito. O próprio serviço de ecografia não funciona no período nocturno, fechando na maioria dos dias às 20 horas, implicando assim o encaminhamento de doentes para Coimbra, por simples falta de um médico radiologista.
Esta situação é tanto mais grave na medida em que o Governo se prepara para, ao abrigo de mais uma reorganização da oferta hospitalar, encerrar um conjunto de serviços e hospitais da região, o que irá acarretar uma procura ainda maior deste serviço central, já hoje a rebentar
pelas costuras.
Assim, e ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, venho perguntar através de V. Exa., ao Ministério da Saúde, o seguinte:
-O Governo tem conhecimento desta situação?
-Que avaliação faz o Governo relativamente às consequências da reorganização dos serviços hospitalares ao nível da afluência dos utentes ao Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro?
-Que pensa o Governo fazer relativamente a este caso concreto que suscita, como nos parece, medidas de excepção?

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