No final de Setembro saíram alguns médicos do Centro de Saúde do Montijo, contratados por
empresas de trabalho temporário, para suprir necessidades de médicos de família. O PCP
sempre manifestou o seu desacordo à contratação de médicos através de empresas de trabalho
temporário, no entanto, a saída destes médicos tem consequências negativas na saúde da
população do Montijo. Defendemos a contratação dos profissionais de saúde em falta,
integrados numa carreira da Administração Pública, que respeite os seus direitos.
Esta situação é consequência directa dos cortes cegos na saúde impostos pelo Governo. Para
este Governo não interessa a melhoria dos cuidados de saúde prestados, o que importa é
reduzir custos, independentemente das suas consequências. Para o Governo, a saúde não é
um investimento no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas, mas um custo que urge
reduzir a todo o custo, colocando mesmo em causa o direito à saúde.
No passado dia 21 de Outubro a população e a Comissão de Utentes de Saúde saíram à rua,
para lutar pelo direito à saúde, pela colocação dos médicos de família em falta no Centro de
Saúde do Montijo, contra o encerramento do serviço de observação da urgência do Hospital do
Montijo e pelo reforço da capacidade de resposta do Hospital do Montijo.
Ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, solicitamos ao Governo, que por
intermédio do Ministério da Saúde, nos sejam prestados os seguintes esclarecimentos:
1. Quais os motivos que levaram à saída dos médicos do Centro de Saúde do Montijo? O
Governo avaliou as consequências desta decisão do ponto de vista da saúde dos utentes ou
trata-se de uma medida economicista?
2. Que medidas pretende o Governo tomar para assegurar à população do Montijo os cuidados
de saúde a que tem direito?
3. Está previsto o reforço de médicos de família, com vínculo à função pública? Para quando?
Pergunta ao Governo N.º 1151/XII/1
Falta de médicos no Centro de Saúde do Montijo, Concelho do Montijo, Distrito de Setúbal
