Um terço da produção mundial do estanho vem de Bangka, Indonésia. Os gigantes do sector abastecem-se nesta ilha, muitas vezes de forma indirecta, através de uma longa cadeia de intermediários, fazendo prosperar as extracções ilegais, com impactos sociais e ambientais graves e obrigando a trabalhar milhares de pessoas em condições sub-humanas.
Metade da produção mundial é usada para a fabricação de semicondutores encontrados em micro processadores. É portanto nesta ilha que começa o fabrico de um telemóvel de um microprocessador da Intel ou de milhares de outros produtos electrónicos.
O problema é que não é possível distinguir o estanho legal do ilegal, libertando assim os gigantes da electrónica para promover os seus compromissos sobre desenvolvimento sustentável e ética social e ambiental. Segundo notícias vindas a público, estão em causa empresas como a Apple, a Samsumg, a Nokia ou a Intel.
Pergunto à Comissão Europeia se tem conhecimento desta situação e que medidas pensa implementar no sentido de aumentar a transparência ao nível das cadeias de abastecimento das grandes multinacionais e denunciar todas estas práticas junto dos consumidores.