As medidas de gestão das pescarias são muitas vezes implementadas numa abordagem "top-bottom", de cima para baixo, suportadas num deficiente conhecimento científico, distanciadas das especificidades regionais, indiferentes ao envolvimento do sector e das comunidades, aos seus contributos e, bem assim, aos impactos que destas medidas possam advir. Como é sabido, somos muito críticos desta abordagem.
Esta resolução começa por considerar, e bem, a insuficiência de informações científicas a respeito do robalo e insta a Comissão e os Estados-Membros a procederem a uma avaliação do recurso. Não podemos estar mais de acordo.
Valorizamos também outros aspectos positivos desta resolução, como a referência à importância de uma gestão de proximidade, que tenha em conta a diversidade de situações no plano regional.
Mas apesar disso, avançam-se com considerações gerais e, desde já, com medidas de gestão a nível europeu que são aparentemente contraditórias com estes princípios e parecem ignorar a diversidade de situações existente.
O sentido das propostas de alteração que aqui apresentamos – e que esperamos possam merecer o vosso apoio – é procurar eliminar estas aparentes contradições, favorecendo medidas de gestão indiscutivelmente necessárias mas ajustadas a cada situação específica.