Esta discussão sobre as dificuldades de acesso a matérias-primas como as "terras raras" é indissociável do actual estádio de evolução da economia mundial e da crise sistémica em que estamos mergulhados.
A crise que nos anunciaram e anunciam como sendo financeira, é na realidade uma crise mais vasta e global. É uma crise que radica também no confronto entre o crescimento económico, tal como entendido pelo capitalismo, e um planeta Terra que é generoso mas finito.
É também nesta incapacidade para entender a natureza e os seus limites que radicam as causas da crise de um sistema - o capitalismo - que tudo subordina à dinâmica do lucro e da acumulação.
Mas a natureza tem, de facto, os seus limites!
A evolução para um mundo policêntrico, dos pontos de vista económico e político, abre caminho à ascensão da competição por recursos. Desperta e alimenta conflitos, de que as guerras cambiais e comerciais a que vimos assistindo são sintomas preocupantes mas não isolados. Outras guerras se perfilam como ameaça presente e futura.
É também de tudo isto que se tem de falar quando se discute o que hoje aqui nos trouxe.