Intervenção de

Estratégia de Lisboa

 

A neoliberal Estratégia de Lisboa tem sido um dos instrumentos essenciais da União Europeia para promover a desregulamentação financeira, privatizar os serviços públicos, liberalizar os mercados e o comércio mundial, desregulamentar as relações de trabalho e prejudicar os direitos dos trabalhadores, de que são exemplos a propostas relativas à directiva do tempo de trabalho e à flexigurança. Não tem sentido continuar a insistir no seu aprofundamento, quando se agrava a crise económica e social que a aplicação desta estratégia ajudou a criar.

Por isso, o que se impõe é a ruptura com estas políticas do capitalismo neoliberal, responsável pelo agravamento do desemprego, do trabalho precário e da pobreza, e que tem agravado as desigualdades sociais, regionais e territoriais. O que se impõe é uma "Estratégia europeia integrada para a solidariedade e o desenvolvimento sustentável", que aposte na defesa dos sectores produtivos e no investimento público, através do reforço dos fundos comunitários para apoio aos países de economia mais frágil, que seja respeitadora da natureza e criadora de empregos com direitos, que promova os serviços públicos de qualidade, procure aumentar o poder de compra dos salários e das pensões e reformas, através de uma repartição justa dos rendimentos e, assim, contribuir para a diminuição da pobreza e da exclusão social.

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