Um estudo da OXFAM Internacional concluiu que os programas europeus de austeridade implementados na Europa - com base em impostos regressivos, cortes nos salários e cortes nos serviços públicos, particularmente em áreas como a educação, saúde e segurança social, entre outros - desmantelaram os mecanismos que reduziam a desigualdade e permitiam o crescimento equitativo. O estudo conclui que os mais pobres e as mulheres foram os mais atingidos, ao mesmo tempo que os mais ricos viram as suas fortunas crescer escandalosamente.
Acrescenta que com a continuação das políticas de consolidação orçamental, a desigualdade e a pobreza aumentarão ainda mais e a Europa enfrentará uma década perdida. Em 2011, havia 120 milhões de pessoas que viviam em situação de pobreza, número que poderá aumentar pelo menos de 15 a 25 milhões até 2025, em resultado das medidas contínuas de austeridade.
Face aos resultados deste estudo, pergunto à Comissão:
1. Conhece o referido estudo? Qual a avaliação que faz?
2. Considera que a onda de austeridade económica que está a varrer a Europa está a contribuir para uma Europa solidária?
3. Pretende alterar a direcção destas políticas, nomeadamente, nos países em que intervém no quadro das Troikas?
3. Como explica o aumento dramático do número de pessoas em situação de pobreza e, em paralelo, o aumento escandaloso das grandes fortunas?