O PCP recebeu uma delegação da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal - AHRESP, no momento em que consta da proposta de Orçamento do Estado uma subida dos 13% para os 23% do IVA neste sector.

Numa reunião dirigida pelo Secretário Geral do PCP, Jerónimo de Sousa (acompanhado de Vasco Cardoso e de Agostinho Lopes) foram abordadas as consequências trágicas que o referido aumento teria se fosse por diante: falências e encerramentos de milhares de empresas, despedimentos, aumento da economia informal, etc.

O PCP reafirmou a sua oposição a esta medida que, associada ao conjunto de opções do pacto de agressão que está em curso, representa uma opção pelo esmagamento das PME's em função do favorecimento dos grupos económicos e financeiros. Envolvendo cerca de 80 mil empresas- muitas delas de natureza familiar, mais de 400 mil trabalhadores, o sector da restauração e hotelaria é o maior exportador nacional. Uma realidade que poderá ficar comprometida com o aprofundamento da política de direita. Refira-se ainda que a opção pelo aumento do IVA para 23% colocaria um gigantesco diferencial face a Espanha - cuja taxa é de 8% - com as consequências que tal facto teria para a competitividade da economia nacional.

Reafirmou-se ainda a necessidade de elevar a intervenção e a luta deste sector, única forma de travar os objectivos do governo e derrotar a ofensiva que está em curso.