Tendo em conta a apresentação pela Comissão Europeia da Análise Anual de Crescimento para 2013 na abertura do Semestre Europeu, a Comissão do Emprego e Assuntos Sociais, resolveu, com este relatório, dirigir algumas recomendações relativas às questões sociais e do emprego.
No entanto, apesar de serem colocadas preocupações sobre as consequências da crise e o impacto das políticas ditas de consolidação orçamental no aumento das taxas de desemprego, em vários Estados-Membros, não é proposta nenhuma ruptura com as políticas chamadas de austeridade. Ao invés, este relatório aprovado em Comissão pela maioria de direita e social-democrata, defende a continuação dos cortes no investimento público, a diminuição dos níveis salariais e dos custos unitários do trabalho, o aprofundamento da retirada de direitos laborais, o aumento da idade da reforma e os cortes na contribuição das empresas para os sistemas de segurança social. Embora o relatório esteja inundado de intenções sobre a necessidade de crescimento e de criação de emprego, o que é certo é que se não existir uma ruptura com as políticas que têm vindo a ser implementadas, não será por nenhum “toque de magia” que as mesmas políticas irão conduzir a resultados diferentes.