No almoço-comício de dia 4, foram denunciados «os apetites que há em torno de Grândola, as grandes movimentações, o grande investimento, a grande aposta, por diversos meios, por diversas frentes e grupos partidários, para que o povo, os trabalhadores e a juventude saiam da gestão autárquica do seu território».
«Sabemos bem porque querem afastar a CDU», afirmou Paulo Raimundo, para contrapor que «Grândola é do povo, quem manda neste território é o povo, são os trabalhadores e a juventude, não são os interesses, por maiores que sejam». «Aqui há resistência, há unidade, há força suficiente para travar esses interesses, para travar a especulação», assegurou.
António Figueira Mendes, presidente da CM de Grândola, já tinha falado em «mentirosos e impostores» e na necessidade de «desmontar, com seriedade e com verdade, o que eles têm vindo a fazer».
Logo a seguir, Rafael Rodrigues, presidente da Assembleia Municipal e primeiro candidato da CDU na lista para este órgão, a propósito do «forte investimento feito nesta campanha pelos nossos adversários», deixou a «certeza» de que «alguém, se calhar não muito recomendável, anda a querer outras pessoas a dirigir o município». Com o 25 de Abril e a gestão CDU nas autarquias do concelho, houve um «salto na qualificação do território». Agora, é «estranho» que o PS venha falar de habitação, pois nos 12 anos que teve maioria, os seus eleitos «só concluíram 23 habitações, que tinham sido deixadas pela CDU, não fizeram mais nenhuma».
Fátima Luzia, candidata a presidente da Câmara (com experiência à frente de uma Junta de Freguesia) saudou Figueira Mendes «pela dedicação às nossas gentes, pelo trabalho e obra feita». Salientou que «trabalho, honestidade e competência é o que nos distingue verdadeiramente» e apresentou, como «nossa maior vantagem», «a responsabilidade e o empenho com que encaramos os desafios». Considerou «muito valiosa a confiança que cada pessoa, cada família, nos deu, para ouvir, para traduzir necessidades em propostas e para transformar as propostas em acções concretas, em trabalho para melhorar a vida de cada pessoa na nossa terra».
Paulo Raimundo, ao valorizar a obra da CDU em Grândola, «fruto do trabalho de todos nós, da população, dos trabalhadores e da juventude, envolvidos, a construir, a participar nesta construção», fez «um sublinhado particular ao camarada Figueira Mendes», garantindo que «vai cá estar, continuar a intervir, a mobilizar, a ajudar a levar este concelho para a frente».
Na CDU, «temos uma prática, política, princípios e um projecto que vamos continuar, por vontade do povo, com uma equipa renovada». Assim, concluiu o Secretário-Geral do PCP, «a Fátima vai ser a nova presidente da CM de Grândola, por vontade daqueles que mandam efectivamente nesta terra, por vontade do povo, dos trabalhadores, da juventude».