Distrito de Setúbal

 

Estratégia de desenvolvimento para o distrito de Setúbal: Plano de Desenvolvimento Integrado da Península de Setúbal (PDIPS) e Plano de Desenvolvimento Integrado do Alentejo Litoral (PDIAL)

Intervenção de Bruno Dias na AR

 

Sr. Presidente,

Srs. Deputados:

Chegados a este ponto do debate, constatamos, infelizmente, que, mais uma vez, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista prefere não fazer o debate político concreto e construtivo que o assunto exige e, permitam-me a expressão, opta por «chutar para canto» e fugir à apreciação das propostas concretas que temos aqui em debate (projecto de resolução n.º 220/X).

Pela mão do PCP, trouxemos aqui uma visão estratégica e de futuro para o desenvolvimento integrado, cultural, económico e social do distrito de Setúbal, não apenas para dar a esta região o investimento de que precisa e que merece mas, principalmente, para que o seu potencial, as suas capacidades sejam colocadas, efectiva e plenamente, ao serviço do País e do seu desenvolvimento.

Srs. Deputados, não estamos a falar de iniciativas para encher os cofres dos grandes grupos económicos e de multinacionais, como as famosas parcerias público-privadas, os projectos PIN e PIN+ e outros que, reiteradamente, aparecem no discurso do Governo e da maioria parlamentar.

Falamos de uma visão integrada e não avulsa, como é a que tem sido demonstrada por sucessivos governos.

É de lamentar que a resposta tenha sido ou o disparate puro e simples, que também aqui passou, ou este contorcionismo político, a profunda desonestidade e irresponsabilidade política de quem acusa os outros de não terem uma estratégia coerente e de desenvolvimento e, depois, fecha os olhos às propostas concretas, demonstrando, afinal, ter a atitude que procura acusar os outros de terem.

O Sr. Deputado Vítor Ramalho citou todo um elenco de projectos que, durante anos e anos, foram reivindicados pelas autarquias locais, pelos agentes de desenvolvimento, pelo PCP, que propôs medidas concretas neste Parlamento perante a sistemática recusa de sucessivos governos e maiorias parlamentares.

Cá estaremos para ver se, mais cedo ou mais tarde, ou talvez mais cedo do que tarde, não anunciarão ao País, com pompa e circunstância, as medidas e as iniciativas que agora rejeitam.

Pela nossa parte, continuaremos a intervir de forma séria e empenhada para a concretização desta estratégia de futuro ao lado das populações, dos agentes locais e de desenvolvimento. E, mais uma vez, haverá alguém, tal como hoje, a dar o dito por não dito.

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