Esta proposta pode evitar eventuais efeitos negativos de respostas mecânicas às notações de risco. Obrigar as instituições de realização de planos de pensões profissionais (IRPPP) e os gestores dos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários (OICVM) e dos fundos de investimento alternativo (FIA), a realizar uma avaliação própria do risco, evitando a dependência das notações para este efeito, é algo que pode ter um efeito positivo. Deve ser evitado o efeito dominó e o seu potencial destrutivo sobre a actividade produtiva e sobre os trabalhadores e os povos que ele pode gerar, tendo em conta o seu carácter altamente especulativo, os montantes envolvidos (na ordem dos milhões de milhões de euros) e a dependência dos sectores produtivos face ao capital financeiro.
Mas o que é necessário e inevitável que se venha a fazer no futuro, é promover o fim destes fundos e produtos financeiros, dado o seu valor nulo para a satisfação das necessidades e dos interesses dos povos e o seu carácter potencialmente ruinoso para as suas vidas, tendo em conta que envolvem a especulação sobre as dívidas soberanas, sobre os alimentos, sobre recursos energéticos e sobre produtos financeiros extremamente voláteis.