Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Discussão conjunta-Energia

A criação do mercado único da energia ou da chamada União da Energia não serve objectivos distintos dos que são prosseguidos noutras áreas: defender os interesses e a pulsão do lucro dos grandes grupos económicos europeus do sector, promover a concentração monopolista à escala europeia.

Com mais ou menos floreados sociais e ambientais, o processo legislativo tende a reproduzir o caderno de encargos destes interesses, seja ao nível da ambicionada integração dos mercados, seja ao nível do desenvolvimento das infra-estruturas, este último apoiado em instrumentos, como o chamado Plano Juncker, que canalizam recursos públicos directamente para os grupos económicos privados que passam a controlar infra-estruturas estratégicas.

Só com o controlo público, democrático, do sector energético – o que quer dizer a propriedade e gestão públicas das empresas de produção e distribuição – podemos responder a questões candentes como a melhoria da eficiência energética, a diversificação de fontes, a progressão ao nível das renováveis, o aproveitamento sustentável do potencial endógeno de cada país, a segurança do aprovisionamento, entre outras.

Mesmo a relevante questão das interconexões deve, quanto a nós, ser considerada neste quadro.

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