O Presidente de Israel, Shimon Peres, defendeu abertamente – na intervenção que fez na última sessão plenária do Parlamento Europeu - a violação do direito internacional e da soberania da Síria, a ingerência nos seus assuntos internos, incluindo a intervenção da Liga Árabe e a formação de um governo provisório. Israel aumenta a escalada de provocações e ameaças, atirando ainda mais lenha para a fogueira do conflito interno na Síria e desrespeitando o direito do povo sírio a decidir o seu presente e o seu futuro.
Relativamente ao Irão, defendeu igualmente a ingerência nos assuntos internos deste país, pedindo aos deputados do Parlamento Europeu que intervenham nas próximas eleições do país.

Estas declarações enquadram-se na escalada de violência no Médio Oriente, nomeadamente dos EUA e de países da União Europeia, como a França que, em aliança com a Arábia Saudita, o Qatar e outras monarquias ditatoriais do mundo árabe e usando o sionismo de Israel como ponta de lança, visam assegurar por via da guerra e da submissão de países soberanos o domínio imperialista sobre os abundantes recursos naturais e energéticos da região.

Assim, pergunto ao Conselho:

Condena esta proposta de violação da soberania da Síria e do Irão, as sucessivas provocações e a perigosa escalada das agressões já levadas a cabo por Israel contra a Síria?

Não considera necessário desenvolver esforços no plano internacional para travar o passo às reiteradas violações do direito internacional e da Carta da ONU por Israel na Palestina, na Síria e ao possível desencadear de um conflito militar na região de grandes proporções e de dramáticas consequências no plano regional e internacional?