Consideramos fundamental para o desenvolvimento social e pessoal dos indivíduos que o acesso gratuito e universal à prática desportiva com qualidade seja garantido a todas as pessoas, sem qualquer tipo de discriminação.

Este direito deve ser garantido pelos Estados-Membros através de apoios às organizações desportivas, mas também às escolas e ao movimento associativo e popular que têm aqui um papel fundamental.

Concordando, na generalidade, que o relatório em apreciação caminha num sentido positivo em direcção à promoção do desporto, propondo um "orçamento específico e ambicioso para a política desportiva", pensamos, no entanto, que deve ser salvaguardado o financiamento ao desporto amador, não o deixando dependente das receitas provenientes das apostas de jogo.

E existe ainda uma contradição maior. É que todas as orientações da União Europeia que proclamam as chamadas medidas de austeridade vão decididamente a favor do recuo do Estado, do fim dos serviços públicos, dos apoios sociais e da escola pública. E não existe forma de conciliar essa política com as propostas contidas neste Relatório.