Tivemos conhecimento através dos órgãos de comunicação social nacional da dificuldade no acesso a medicamentos para os tratamentos de fertilidade em farmácias, sobretudo em Lisboa e Porto. Os medicamentos que são difíceis de encontrar são o Gonal, Pregnyl, Puregon, Cetrotide e Menopur.
A inacessibilidade aos medicamentos pode colocar em causa os tratamentos de fertilidade iniciados pelos casais e o investimento público e particular (quando os casais se dirigem a entidades privadas) realizado nesses tratamentos.
É preciso atender que os casais que procuram os tratamentos de fertilidade anseiam pela possibilidade de poderem ter um filho e a falta destes medicamentos adia a concretização do seu sonho, defraudando as suas expetativas.
E para as mulheres que já estão próximo do limite da idade para acederem aos tratamentos de fertilidade a falta de medicamentos, pode determinar a possibilidade de poderem vir ou não a ser mães.
É preciso ter sensibilidade para os sentimentos dos casais que se encontram nesta situação. A incerteza e a insegurança assaltam estas famílias e tem muitas implicações a nível psicológico para as mulheres.
Ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, solicitamos ao Governo que por intermédio do Ministério da Saúde, nos sejam prestados os seguintes esclarecimentos:
1.O Governo tem conhecimento desta situação? Qual o acompanhamento que tem dado a esta matéria?
2.Que medidas pretende o Governo tomar para garantir a existência destes medicamentos nas farmácias portugueses, garantindo assim as condições para o sucesso dos tratamentos de fertilidade?
Pergunta ao Governo N.º 2654/XII/2
Dificuldades no acesso aos medicamentos para tratamentos de fertilidade
