Na sua mensagem no Dia Internacional das Famílias, o secretário-geral das Nações Unidas considerou que esta é uma oportunidade para reflectir sobre a forma como as famílias são afectadas pela crise económica e social, e sobre o que pode ser feito para fortalecer as famílias em resposta a esta crise.
O desemprego obriga muitos jovens, que desejam ser independentes, a continuar a depender dos seus pais mais tempo do que o esperado. A falta de creches e infantários acessíveis está a complicar os esforços dos pais em famílias em que os dois cônjuges trabalham para combinar as obrigações familiares com o trabalho. Os mais idosos continuam a carecer de uma rede apropriada de cuidados sociais e a serem vítimas de pensões baixas.
Em Portugal, as políticas implementadas ao abrigo do programa UE-FMI, como por exemplo os cortes nos apoios sociais (subsídio de desemprego, abono de família, rendimento social de inserção, complemento solidário para idosos) afectam sobremaneira as famílias.
Na sua mensagem, o secretário-geral da ONU afirma que é preciso fortalecer as políticas de apoio às famílias e exorta os responsáveis políticos a terem estas preocupações em conta na sua acção.
Perguntamos à Comissão Europeia:
1. Que avaliação faz da forma como as famílias estão a ser afectadas pela crise? Em particular, que avaliação faz da forma como, em Portugal, as famílias estão a ser afectadas pela implementação do programa UE-FMI e em especial sobre os cortes nos apoios sociais supra-mencionados?
2. De que forma pensa acolher o apelo dos secretário-geral da ONU para se fortalecer as políticas de apoio às famílias?
3. Considera a necessidade de inverter as políticas que tem vindo a defender, nomeadamente através dos programas UE-FMI, tendo em conta o seu efeito profundamente negativo nas famílias?