Intervenção de

Dia de Memória do Holocausto

 

Consagra o Dia 27 de Janeiro como Dia de Memória do Holocausto

Sr. Presidente,
Sr.as e Srs. Deputados:

Em primeiro lugar, quero dizer que o PCP não só apoia como subscreve este projecto de resolução (projecto de resolução n.º 62/XI-1.ª).

Ontem, por lapso, não o tínhamos feito, por isso da lista de subscritores não constava o nosso grupo parlamentar

Não podia ser de outra maneira, porque é indispensável relembrar o que foi o nazi-fascismo, o que foram as suas atrocidades, o que foi a violência e a opressão praticadas por este regime, opressão contra o povo judeu, contra outros povos, contra muitas minorias, contra comunistas, contra homossexuais, contra deficientes, contra tantos que não calhavam na designação, na definição que os nazi-fascistas faziam daquilo que devia ser o ser humano.

O nazi-fascismo precisa de ser relembrado mesmo para dizer que, num certo tempo, singrou na crise, aproveitou uma gravíssima crise, como a que vivemos hoje, e beneficiou até da conivência de muitos que, até no mundo ocidental, o consideraram, até certo ponto, um mal menor.

É preciso relembrar o nazi-fascismo. Relembrá-lo, mesmo sabendo que ele singrou também com o apoio de certos sectores do poder económico, que ali viram um bom instrumento para os seus intuitos, para os seus objectivos e para o aumento do seu poderio. Por tudo isso, mas sobretudo porque o nazi-fascismo foi uma barbárie sem igual, um instrumento de opressão e de agressão, é preciso relembrá-lo, combater o branqueamento que assoma tantas vezes por aí em relação ao que se passou nesses trágicos anos e continuar com isso, com essa memória e com esse acto de relembrar para prevenir que alguma vez mais ele volte a acontecer.

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