Pergunta ao Governo N.º 1153/XII/2

Deterioração de vacinas por inexistência de gerador nos centros de saúde da Região Centro

Deterioração de vacinas por inexistência de gerador nos centros de saúde da Região Centro

A intempérie registada no fim de semana de 19 e 20 de Janeiro teve impactos muito negativos no funcionamento dos centros de saúde decorrente da falta de energia elétrica.
Em muitos centros de saúde da Região Centro, a inexistência de gerador elétrico ou de geradores sem possibilidade de funcionamento, resultaram num desperdício incalculável de milhares de euros, por se ter quebrado a cadeia do frio de muitas centenas de unidades de vacinas, que requerem uma temperatura adequada.
Esta situação decorre do contínuo desinvestimento do Governo no acondicionamento das vacinas nos diferentes centros de saúde e respetivas extensões de saúde, designadamente em frigoríficos apropriados para o fim a que se destinam, com termómetros, com gráficos de registo de temperatura e com aparelhos acumuladores de energia capazes de manter os frigoríficos a funcionar durante pelo menos 48 horas.
Este desinvestimento, numa situação de intempérie, causou o desperdício de milhares de euros que podiam ser alocados a melhores condições de trabalho e de exercício profissional dos enfermeiros e restantes profissionais do SNS.
Este é mais um exemplo dos impactos resultantes do subfinanciamento do Serviço Nacional de Saúde.
Ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, solicitamos ao Governo, que por intermédio do Ministro da Saúde, nos sejam prestados os seguintes esclarecimentos:
1.Estimou o Governo os impactos resultantes da deterioração de centenas de vacinas, decorrente da inexistência de geradores nos centros de saúde da Região Centro?
2.Reconhece o Governo que a inexistência de geradores nas unidades de saúde tem impactos muito negativos na conservação de vacinas, medicamentos e outros?
3. Que medidas efetivas irá o Governo adotar para reduzir estes impactos?

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