Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

A demissão do CEME

1. A propósito da demissão do Chefe do Estado Maior do Exército, o PCP não pode deixar de chamar à atenção para o facto inédito de, num curto espaço de pouco mais de nove meses, o Ministro da Defesa ter entrado em conflito com dois chefes militares e que conduziram à exoneração do CEMGFA, em Outubro de 2002, e, agora, à demissão do CEME.

2. Sublinhar que esta situação vem confirmar a afirmação do PCP, no seu comunicado de 21 de Outubro, no momento da exoneração do General Alvarenga, de que «enquanto este Ministro da Defesa se mantiver em funções, não serão de estranhar que novos factores de desestabilização da vida pública se venham a verificar».

3. Independentemente do necessário aprofundamento das razões que levaram à demissão do General Silva Viegas, o PCP reafirma que o Ministro Paulo Portas não cumpriu as promessas e os compromissos assumidos e não criou condições para que tal viesse a acontecer. Ao contrário, a política seguida designadamente o forte envolvimento externo e os respectivos custos vem acentuando a situação de plano inclinado em que as Forças Armadas já se encontravam, com o agravamento diário de todos os problemas nomeadamente financeiros, operacionais e de pessoal.

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