Em entrevista ao jornal De Staandard, o comissário do Comércio Karel De Gucht garantiu que "hoje há, no interior do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, serviços que estão a trabalhar em cenários de emergência caso a Grécia saia do euro".
Horas depois, o comissário para os Assuntos Económicos Olli Rehn veio afirmar que “Karel De Gucht é responsável pelo comércio. Eu sou o responsável pelos assuntos financeiros e económicos e pelas relações com o Banco Central Europeu”. Acrescentou ainda, segundo declarações divulgadas pela própria Comissão Europeia, que “não estamos a trabalhar num cenário de saída da Grécia”.

Em face destas declarações, aparentemente contraditórias, dos dois comissários, solicito à Comissão Europeia que me informe sobre o seguinte:
1. Que serviços da Comissão Europeia estão a trabalhar nos cenários de emergência referidos pelo comissário De Gucht?
2. Efectuou a Comissão algum estudo sobre a eventual saída da Grécia, ou de qualquer outro país, do Euro? Qual o conteúdo e conclusões do estudo e que cenários foram considerados?
3. Que avaliação faz a Comissão dos impactos da adesão e permanência da Grécia, e dos demais países da zona Euro, na moeda única, em termos de competitividade da respectiva economia, evolução da balança comercial e da dívida externa, entre outros parâmetros (como a evolução dos salários e o seu peso no rendimento nacional)?
4. Considera a possibilidade de propor uma compensação pelas perdas sofridas aos países mais prejudicados com a adesão e permanência na UEM, para a qual contribuam os países que dela mais beneficiaram?