Em vez das propostas que se exigem para dar resposta efectiva aos graves problemas sociais da União Europeia - mais de 22 milhões de desempregados e 72 milhões de pessoas a viver em situação de pobreza - o Presidente do Conselho veio insistir em medidas que visam apoiar a competitividade e a concorrência. Assim, a insistência na investigação, desenvolvimento e inovação é sempre apresentada como forma de criar um meio favorável às empresas e não como a resposta que se impõe para melhor saúde para todos, maior nível de educação pública e criar emprego de qualidade e com direitos. Por isso, o Presidente do Conselho, Tony Blair, insistiu na necessidade de maior flexibilidade laboral, na mobilidade e no apoio a reestruturações que reduzem empregos, contribuindo para mais desemprego e maior precariedade laboral.
Por isso, também, insistiu nas propostas de directiva sobre a criação do mercado interno dos serviços e sobre o tempo de trabalho, o que torna claro que o que se prepara é a insistência no neoliberalismo, agravando todos os problemas económico-sociais existentes, para servir apenas os interesses dos grupos económico-financeiros da União Europeia, em resposta à agenda da UNICE.