A amplitude da fraude e da evasão fiscal é por demais conhecida. As duas comissões TAX confirmaram esta amplitude e confirmaram que se trata de uma prática generalizada em toda a Europa e em todas as economias capitalistas.
O relatório aponta vários aspectos altamente relevantes. Mas não vai ao fundo do problema. Porque todas estas montagens, que proporcionam autênticos banquetes fiscais, não acontecem por acaso. Acontecem em virtude de um longo processo de desregulamentação financeira que se acentuou a partir dos anos oitenta e que foi liderado por governos e partidos hoje presentes nesta Assembleia. Que o digam os governos holandês do Reino Unido ou do Luxemburgo.
Não acompanhamos por isso totalmente este relatório porque ele iliba o sistema capitalista que promove a livre circulação dos capitais e a liberalização financeira, fomentando a evasão fiscal. Pensamos por isso que um combate efectiva à fraude evasão fiscal implica o controlo público do sistema financeiro e restrições aos movimentos de capitais. Confiarmos apenas na via regulamentar mostra que nada aprendemos com o passado.