Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Decisão sobre a estratégia para os plásticos

O mercado e a sua sacralização impuseram práticas e comportamentos irracionais e insustentáveis, no que se refere à utilização de bens descartáveis, demonstrando um enorme desprezo pelos limites físicos do planeta e pelos equilíbrios sob os quais este repousa.

É fundamental que a produção e utilização de produtos descartáveis e inúteis sejam reduzidas.

Mas não vamos lá com as abordagens de mercado preconizadas pela Comissão Europeia ou com os chamados “instrumentos económicos”.

A aplicação do princípio do poluidor-pagador, que significa reservar o direito de poluir a quem o pode pagar, não torna essa poluição menos lesiva pelo facto de alguém (neste caso, os consumidores) pagarem por ela.

Nada impede que seja posto um ponto final na distribuição, paga ou não, dos sacos de plástico desnecessários e não biodegradáveis.

Que se ataque a proliferação de embalagens não necessárias e que se estimule as embalagens reutilizáveis pelo distribuidor, retirando o seu custo do consumidor. Mais, fazendo com que deixe de constituir um custo, quer económico, quer ambiental.

Apenas dois exemplos. Para lembrar que na hierarquia de gestão de resíduos, antes da reciclagem vem a redução e reutilização.

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