O desemprego em Portugal atingiu um novo máximo de 17,8%. Entre os mais jovens, chega aos 42,5%. São já perto de um milhão e meio de desempregados. Números nunca vistos em democracia.
Este é o resultado da aplicação do programa UE-FMI e é um vivo libelo acusatório que pesa sobre quem o defende e quem o aplica.
A Comissão Europeia fala em sucesso. Será um sucesso, sim, se tivermos em conta os seus reais objectivos: usar o desemprego historicamente elevado como arma para impor a redução dos custos unitários do trabalho e a exploração máxima dos trabalhadores.
Este “sucesso” significa o afundamento de um país e o empobrecimento da esmagadora maioria da sua população.
Mas os trabalhadores e o povo português não aceitam esta agressão e combatem-na sem tréguas.
A sua luta – que se tornou um imperativo democrático e nacional – voltará a adquirir expressão maior no próximo dia 27, com a realização de uma greve geral.
Este é o caminho mais seguro para a derrota dos agressores e da sua política. Agressores que não deixarão de ser responsabilizados pelo rasto de destruição que deixam atrás de si.