Segundo o ACNUR, desde o início de 2015, chegam diariamente à Europa uma média de cerca de 700 crianças, incluindo muitos menores não acompanhados.

De acordo com uma carta assinada por 59 organizações, incluindo a UNICEF, médicos do Mundo e “Save the Children”, entregue às instituições Europeias em Novembro, as crianças não são suficientemente tidos em conta nas políticas europeias desenvolvidas actualmente. A Unicef denuncia o desaparecimento de mais de 10000 crianças só este ano, o que demonstra que as respostas desenvolvidas a nível europeu, ficam muito aquém do necessário e afectam de forma brutal as crianças. Basta dizer que desde a morte do pequeno Aylan, que tanto chocou a opinião pública, 108 crianças migrantes morreram cruzando o mar, principalmente o Mar Egeu.

Segundo a carta, as crianças têm direitos, é hora de implementá-los plenamente.
Urge a criação de locais de acolhimento adequados, com acesso à saúde e à habitação. A detenção de crianças deve ser proibida e a unidade da família deve prevalecer. O número de busca e salvamento no mar deve ser aumentado.

Pergunto à Comissão Europeia se tem conhecimento desta carta e como pensa dar outra centralidade a esta realidade dramática na política europeia para a migração .