A concessão de crédito às PME é uma necessidade urgente para poderem manter e criar mais emprego com direitos, aumentar a produção e contrariar a tendência do seu encerramento aos milhares em países em profunda recessão económica e com uma dramática situação social como Portugal. As PME representam a maioria das empresas e do emprego na UE. Uma política de crédito, particularmente de instituições públicas, como as agências de crédito, deveria privilegiar as PME. Tal não acontece. O que infelizmente constatamos é que a concessão de crédito se destina na esmagadora maioria dos casos a grandes transnacionais, cuja posição dominante no mercado sai ainda mais reforçada, a expensas das PME. É esta a orientação que este relatório define. Desde logo, porque privilegia as exportações e a competitividade quando a prioridade neste momento de crise deveria ser o reforço do mercado interno de cada país, particularmente de países como Portugal, e não tem em conta as suas especificidades e necessidades enquanto país independente e soberano. Todo o enquadramento da proposta visa manter um quadro de progressiva liberalização do comércio mundial que acentuará a concentração e centralização do capital, aprofundando ainda mais a crise do sistema e a exploração de povos e países.