Todo o relatório se baseia na ideia do reforço, análise e implementação do mercado interno da energia, cujas irrefutáveis consequências negativas se têm vindo a agravar, nomeadamente desde a criação da Comunidade da Energia em 2006, que instituiu o mercado interno da electricidade e gás.

Perante o actual cenário, de dependência energética da UE e a sua tendência de aumento da população e do consumo para as próximas décadas, este documento aponta "soluções" baseadas em mais do mesmo, ou seja, mais mercado interno da energia, e a sua cabal implementação como centro de toda a acção. É ainda defendida a quadratura do círculo, "garantindo e reforçando simultaneamente a segurança do aprovisionamento, a competitividade e a sustentabilidade de uma forma rentável", continuando uma política de espoliação dos recursos energéticos da UE assim como de países terceiros, com os quais os Serviços Europeus de Acção Externa se ocuparão de "providenciar por que todos os acordos multilaterais e bilaterais da UE [...] cumpram plenamente as regras do mercado interno da UE".

Este tipo de soluções tem vindo a ser desmascarado por aqueles que sofrem as suas desastrosas consequências, como é o caso das populações que vêem incessantemente os preços da factura da energia aumentar e consequentemente cada vez mais dificultado o acesso à energia.