Lamentamos que durante as negociações para a redacção de uma resolução comum, a maioria dos grupos políticos – direita, liberais e social-democracia – tenha decidido excluir alguns dos pontos fundamentais da resolução que apresentámos.
O resultado foi uma resolução fraca e inconsequente, em face da crise que hoje se vive no sector e das sérias ameaças que sobre ele pesam; uma resolução à medida das fracas ambições destes grupos para o sector da pesca, para a melhoria da situação dos seus profissionais e das comunidades costeiras mais dependentes do sector.

Por esta razão mantivémos a resolução do GUE/NGL e abstivémo-nos na votação desta resolução comum.

Entre os pontos ignorados ou insuficientemente tratados por esta resolução, destacamos:
- A importância particular da pequena pesca costeira e da pesca artesanal nos planos económico, social, ambiental e cultural;
- A futura PCP deve, por si só e em articulação com outras políticas, contribuir para a manutenção e criação de actividades económicas e de postos de trabalho, quer a montante quer a jusante da pesca;
- A multifuncionalidade do sector das pescas deverá ser inteiramente tida em conta no plano do financiamento da PCP, devendo ser rejeitada qualquer forma de renacionalização dos custos da PCP.