Iniciamos hoje na Celcat, assim como um pouco por todo o país, a nossa campanha «Dar mais força aos trabalhadores» num desafio grande em que estamos empenhados, a sublinhar o papel determinante de quem trabalha, o papel determinante de quem cria riqueza.

Desta gente empenhada, dedicada, que é muitas vezes não reconhecida e muitas vezes muito pouco respeitada. Sabemos bem que a dignidade e o respeito não pagam contas, não pagam a conta do pão, não pagam a conta da casa, não pagam a conta da luz, contas essas sempre a crescer. Também as outras contas de um punhado muito pequeno de gente que está a encher com grandes lucros, lucros extraordinários, nunca vistos e que criam uma situação de profunda injustiça com a qual nós estamos confrontados e que é necessário dar resposta.

Uma das questões urgentes, uma urgência nacional é o aumento geral dos salários, o respeito pelos horários, a passagem a efectivo dos trabalhadores que são trabalhadores temporários mas trabalham aqui todos os dias, fazem o mesmo que os outros fazem todos os dias, não há nenhuma razão para continuem a ser temporários.

Podemos dizer que arrancámos bem esta nossa jornada, arrancámos bem esta nossa iniciativa «Dar mais força aos trabalhadores» com uma bela recepção aqui na Celcat. Saímos daqui com esta esperança e com esta convicção de que é pela forma organizada, pela resposta organizada, pela unidade destes trabalhadores, tal como demonstraram no passado, e vão continuar a demonstrar certamente, é por aqui que se lá vai. 

Para esse esforço, naturalmente, podem continuar a contar c com o PCP, com o nosso empenhamento, com a nossa proposta, mas também com a nossa solidariedade à porta da empresa, dentro da empresa, ao lado da empresa, onde for preciso, para que se concretizem os direitos que esta gente tem de por este País andar para a frente.