A decisão do Banco Central Europeu de subir a sua taxa de juro de referência em 25 pontos base - de 1,25% para 1,5% – encarece as condições em que os Bancos se financiam junto do BCE e provoca, a curto prazo, uma aceleração na subida na Euribor, a qual, desde o início do ano, vem registando nos seus vários prazos um movimento ascendente.
Esta decisão do BCE, que invoca a necessidade de controlar a inflação na zona Euro, que ignora as taxas de referência noutras zonas – Reino Unido (0,5%), EUA (0,5%), Japão (0,10%) -, é contrária aos interesses de países de economias mais frágeis e apenas interessa a países com taxas positivas de crescimento como a Alemanha.
A subida da taxa de juro de referência do BCE, a segunda no presente ano (passou de 1% para 1,25% a 13 de Abril), traduzir-se-á nalguns países, como Portugal, no agravamento do custo de vida , sobretudo dos empréstimos à habitação; no aumento do incumprimento bancário (que atinge já 14,2% das famílias e 22% das empresas em Portugal); na limitação do acesso ao crédito, no definhamento da actividade económica e no aprofundamento da recessão.
Assim, solicito à Comissão Europeia que me informe do seguinte:
1. Que medidas estão previstas para contrariar as consequências negativas deste aumento da taxa de juro de referência do BCE?
2. Que apoios estão previstos para compensar os países mais afectadas por esta medida que apenas interessa aos países em crescimento, como a Alemanha?