Intervenção de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Conclusões do Conselho de 16 de Setembro de 2010

Neste debate, voltaram a estar em destaque as graves contradições com que se debate a União Europeia. Quer ser a mais poderosa do mundo, apresentando-se como a grande defensora dos direitos humanos, mas alguns governos, como o francês, prosseguem acções odiosas de racismo e xenofobia, assumido a nível de estado, como fazem com os ciganos.

Enquanto para os capitais tardam a tomar medidas que impeçam a sua livre circulação e especulação, e apenas se preocupam em ameaçar estados que não conseguem cumprir os irracionais critérios do Pacto de Estabilidade, para as pessoas é a expulsão colectiva de cidadãos europeus, para esconder o completo desastre das políticas neoliberais.

Também a solidariedade que a União Europeia deve prestar às vítimas no Paquistão e o reforço do apoio à cooperação não se devem fazer à custa das indústrias sensíveis de países e zonas em grandes dificuldades, como é o caso da indústria de têxteis e vestuário em Portugal.

Por isso, é tempo de mudar de políticas e dar prioridade ao combate à pobreza, ao apoio à produção, à criação de emprego com direitos e ao progresso social, dando algum conteúdo real ao Ano Europeu de Luta Contra a Pobreza.
 

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