Declaração escrita de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Conclusões da reunião do Conselho Europeu de 17 de Junho

Além do que já conhecíamos através do documento escrito das conclusões do Conselho de 17 de Junho, o que aqui foi referido pelo Presidente do Conselho demonstra que querem aproveitar a crise para dar um salto em frente no federalismo como instrumento ao serviço dos seus objectivos de reforço do capitalismo nesta visão imperialista da União Europeia. Para alguns, como referiu, já nem o Tratado de Lisboa chega, e querem a sua revisão. Mas, para outros, essa revisão pode ficar para mais tarde.

O que, no imediato, querem é aproveitar todas as capacidades do Tratado de Lisboa para, através da chamada "governação económica", centralizarem e concentrarem ainda mais o poder económico ao serviço dos grandes interesses das potências europeias, com destaque para a Alemanha.

Para mais tarde vão ficando as medidas de regulação financeira. E sempre adiadas as questões do fim dos paraísos fiscais.

O que fica claro é que só as lutas dos trabalhadores e dos povos, apoiadas pelas forças progressistas e revolucionárias, poderão fazer a necessária ruptura com estas políticas e iniciar uma outra política empenhada nos trabalhadores, na melhoria das condições sociais, na produção e na paz.

  • União Europeia
  • Declarações Escritas
  • Parlamento Europeu