Todos os indicadores apontam para o BCE iniciar o ano com uma vasta operação de "quantitative easing". Com efeito, é hoje claro que só através da compra de dívida soberana será possível ao BCE aumentar o seu balanço para os cerca de três bilhões de euros e evitar que a União Europeia entre numa trajetória de deflação.
No quadro da União Europeia, coloca-se naturalmente a questão de saber quais as regras e os critérios que deverão reger a compra dos títulos de dívida pública dos 28 países da União Europeia. De acordo com informações veiculadas pela imprensa especializada, o BCE prepara-se para basear a sua primeira operação de open-market com a compra de 500 mil milhões de euros apenas de títulos de dívida soberana exclusivamente com "rating" AAA, limitando assim a operação a uma estreita minoria de países.
Posto isto, pergunto ao presidente do BCE se confirma esta informação, quais as agências de rating a seguir (Moody's, S&P, Fitch, ou DBRS) e com que critérios e também, se não considera mais justo e mais eficaz uma compra de dívida soberana na proporção do capital de cada Estado Membro no BCE?