Em março de 2015, na esperança de sustentar preços e relançar o crédito e a economia, o BCE, inspirado pela Reserva Federal lançou um amplo programa de expansão quantitativa (“Quantitative easing”, QE). Este consistia num plano de recompra de dívida pública, no valor de € 80 mil milhões de euros por mês.
Em junho de 2016, o BCE expandiu o programa alargando a compra às dívidas obrigacionistas de grandes empresas. Todos os meses, o BCE compra cerca de 3 a 6 mil milhões de euros de obrigações privadas, desde que a classificação pelas agências de rating seja no mínimo BBB. Os títulos dos bancos e suas subsidiárias estão excluídos deste programa.
De acordo com notícias publicadas, contam-se entre as empresas beneficiadas algumas das maiores e mais conhecidas empresas multinacionais ligadas à prospeção e refinação de petróleo como a Total, Shell ou Repsol.
Pergunto à Comissão Europeia que avaliação faz desta situação e se não acha incoerente o facto de o BCE estar a subsidiar o uso de combustíveis fósseis contrariando todos os objetivos de redução das emissões de CO2 acordados internacionalmente..