Em escassos meses, assistimos a conjunto de operações de fusões e aquisições sem precedentes que vieram concentrar ainda mais um sector onde predominava já uma estrutura de oligopólios. A Syngenta foi vendida à ChemChina, os dois líderes americanos DuPont e Dow Chemical fundiram-se à semelhança das empresas canadianas Potash Corporation of Saskatchewan e Agrium, constituindo-se assim como empresa número 1 mundial no mercados dos adubos. Nos últimos dias, assistimos à compra da Monsanto pela Bayer numa operação que envolveu 59 mil milhões de euros.
O impacto desta aquisição será enorme ao nível da agricultura. Com efeito, as duas empresas fundidas passam a representar cerca de 30% do mercado mundial de sementes e 24% do mercado mundial dos pesticidas. A complementaridade geográfica das duas empresas permite agora, com esta operação, dominar os continentes Europeu, e asiático bem como a América do Sul e do norte.
Num quadro de aumento da população mundial para 10 mil milhões até 2050, com uma procura crescente de alimento, esta aquisição constitui um enorme risco na medida em coloca este novo gigante mundial numa posição de domínio inaceitável no domínio da produção alimentar e da soberania dos Estados Nacionais.
Pergunto à Comissão Europeia como avalia esta situação e que medida pretende por em prática para proteger os consumidores e produtores europeus..