Acompanhamos grande parte das preocupações do relatório que reflectem a importância da PAC poder contribuir com a criação de emprego no campo. A agricultura representa um sector fundamental que, para alem de garantir a produção de alimento e outros bens agrícolas fundamentais para a nossa sobrevivência, representa igualmente uma alavanca fundamenta de desenvolvimento rural destinado a evitar a desertificação e promover a coesão territorial.

Contudo, importa sublinhar em primeiro lugar a qualidade deste emprego e a necessidade de combater a crescente precariedade do emprego neste sector onde a sazonalidade muitas vezes de sobrepõe aos direitos fundamentais de quem trabalha. Importa sublinhar que para poder contribuir com a criação de emprego, a PAC deverá inverter completamente a sua orientação política até aqui baseada numa lógica liberalizante, toda ela orientada para os mercados.

Desta forma, são necessário instrumentos fortes de regulação da produção que forma e estão a ser completamente te desmantelados com as sucessivas revisões da PAC. Importa intervir ao nível da cadeia de distribuição, impondo uma distribuição mais justa da criação de valor, com preços justos pagos ao produtor.
Importa finalmente parar com esta sucessão de acordos de comércio livre seja com o Canadá, com os Estados Unidos ou com os países do Mercosul que representam a ruína da nossa pequena e media agricultura familiar.